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O Vampiro de Curitiba, Dalton Trevisan / Um Copo de Cólera, Raduan Nassar

Bom, farei um rápido comentário a respeito, pois na verdade li já faz algum tempo esses livros. Só não escrevi aqui sobre eles porque meu notebook estragou. Também colaborou para a inércia toda a questão da pandemia que assola o nosso Brasilzão. Semanas tensas se seguiram. O Vampiro de Curitiba, do Dalton Trevisan, é um livro de contos. Nele, ganha vida Nelsinho, um sujeito um tanto quanto pervertido. Tendo a cidade de Curitiba como cenário, este rapaz comete alguns "delitos" de cunho sexual. São várias histórias de peripécias do célebre curitibano. Achei divertido um conto em que Nelsinho é um advogado atuando em um processo de divórcio. Acontece que o canalha se aproveita da situação e se relaciona com a mulher que o procura para se separar do marido. Em determinado momento, Nelsinho solta a seguinte frase: "Homem fraco na cama é forte fora dela", após ouvir a queixa da senhora sobre a frieza do marido diante de algumas situações. Um humor ácido bem característi

O Apanhador no Campo de Centeio

Bem amigos, cheguei à conclusão de mais um clássico. Desta vez li o aclamado " O Apanhador no Campo de Centeio", do americano J. D. Salinger. O livro me chamou a atenção pela escrita usada pelo Salinger. Bem trivial, usando palavrões, discorrendo tudo como uma grande conversa. Ali o adolescente Holden Caulfield conta suas histórias e seus dramas da juventude. Basicamente sobre a vida escolar dele, recém expulso da escola Pencey, onde estudava, partira então para uma aventura na cidade de Nova York, até chegar o dia em que voltaria para casa. Tudo isso rola em pouco espaço de tempo. Dois dias, se não estou enganado. O Holden é um cara bem pra baixo, não vê graça em quase nada daquilo que pessoas com a idade dele acham engraçado ou divertido. Tem uma difícil relação com a vida ao seu redor. É um cara que não se adapta ao ambiente. Holden acha tudo idiota, chama a todos de filhos da puta. Me chamou a atenção como ele odeia cinema. Sempre aparece ao longo do livro alguma crít

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Começando 2020 com o desafio de fazer leituras de livros considerados clássicos. Entre a lista de clássicos, escolhi "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis. Confesso que de início achei a leitura complicada. De fato, ler clássicos requer algo mais do que aquilo que usamos na leitura do cotidiano, do dia a dia. Porém, o objetivo de ler a obra do grande escritor brasileiro não me fez desistir. Brás Cubas, como bem  se define logo de início, é um defunto autor, não um autor defunto. A partir disso ele passa a contas histórias da sua vida, sem necessariamente usar uma ordem cronológica para isso. Chama atenção a ironia contida no texto. Cubas é um sujeito que vê com certo desdém a sociedade e seus costumes. Como narrador, ele demonstra ter uma visão pessimista da vida. Exemplifica isso o famoso final do livro em que diz: "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria". Em outra oportunidade, em que faz uma reflexão sobre